Libração significa “movimento como que de oscilação que um corpo, ligeiramente perturbado no seu equilíbrio, efectua até recuperar pouco a pouco”.Libração é o “encontro entre duas mulheres num parque de uma cidade durante três noites de lua cheia. Faz frio, talvez seja Inverno ou finais de Outono” (Lluïsa Cunillé).O tempo: meia-noite em ponto. O espaço: um parque onde tudo é de ferro. No parque, mobiliário urbano onde se encontram imagens de infância: cavalos que chiam, placas que proíbem deixar os cães à solta, a ronda da polícia vigiando ciclicamente todas as presenças reais... As palavras, as estratégias, os reconhecimentos, as memórias, as necessidades, o filho de uma e os cães da outra... Libração de Lluïsa Cunillé: ao longo de três noites, duas mulheres em redor de uma descoberta.
O “caso Cunillé”começa a converter-se num alarmante sintoma da situação actual do teatro catalão (e do espanhol, dado o bilinguismo da sua produção). Enquanto os nossos melhores encenadores empregam o seu talento a modernizar Shakespeare, Moliére, Goldoni… e os teatros públicos improvisam dramaturgos autóctones e importam musicais estrangeiros, os textos de Lluïsa Cunillé surgem implacavelmente, salvo raras excepções, como testemunhos de uma impressionante vocação dramatúrgica que nenhuma indiferença ambiental poderá apagar.
O “caso Cunillé”começa a converter-se num alarmante sintoma da situação actual do teatro catalão (e do espanhol, dado o bilinguismo da sua produção). Enquanto os nossos melhores encenadores empregam o seu talento a modernizar Shakespeare, Moliére, Goldoni… e os teatros públicos improvisam dramaturgos autóctones e importam musicais estrangeiros, os textos de Lluïsa Cunillé surgem implacavelmente, salvo raras excepções, como testemunhos de uma impressionante vocação dramatúrgica que nenhuma indiferença ambiental poderá apagar.
texto retirado do programa do espectáculo
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